Tuesday, April 29, 2008

Brazilan's got talent

Tem um programa de TV no canal ITV2 aqui da Inglaterra, que se chama "Britain's got a talent". Não é difífil traduzir isso aí, né (Os britânicos têm talento)? É alguma coisa como o "Show de calouros" do Silvio Santos (se é que isso é do seu tempo).

Mas não é só de bretões que se faz aquela canôa. Dia desses, um brazileiro maluco, desses que se vê na praia fazendo acrobacias, meteu as caras por lá.

E não é que o cara se deu bem? Sua apresentação convenceu a maioria dos jurados e, como diria o senhor Abravaneu, "foi classificaaaadooo"!!!

Veja abaixo o que ele aprontou por aqui.

Wednesday, April 23, 2008

Regent’s Canal é a Londres veneziana

Um ótimo passeio para fazer em dia bonito (ou não tão feio) aqui em Londres é pelas margens do Regent’s Canal. De acordo com quem conhece (não eu), suas paisagens assemelham-se às de Veneza.

O riozinho, se é que podemos chamá-lo assim, passa por alguns dos pontos mais populares da cidade, como o Regent’s Park, Camden Town e King’s Cross Central.

Casas e casarões elegantes, barquinhos, restaurantes e, de vez em quando, um músico tentando ganhar alguns trocados são algumas das surpresas que agraciarão os visitantes.

Eu levei minha futura esposa para conferir e ela aprovou.

Confira no vídeo abaixo.

Thursday, April 17, 2008

O canto do grego

Morar em Londres, na grande maioria das vezes (pelo menos pra nós, estrangeiros), significa dividir a casa com outras pessoas.

Essas pessoas podem ser boas ou más, como em todo lugar. Eu, por exemplo, já morei com boas, más, com as duas, com boas que viraram más e... hummm... deixa eu ver... não me lembro de nenhuma má ter virado boa.

Não importa!

Aqui em casa, temos uma grande maioria boa, a começar por mim, depois minha futura esposa e o Nicolaz, um grego gente-fina que apareceu aqui no pedaço. Também tem uma outra menina aí. Chata. Depressiva. Com tendências suicidas. Baranga (o que pode exlicar o fato dela ser chata, depressiva e querer se matar). Não é pessoa má. Mas se fosse, já seria exagero demais, né?

Bom! Deixa ela de lado. Eu quero falar do Malaka. Quero dizer, do Nicolaz (Malaka é uma palavra do vocabulário grego. É a forma amigável como eu o chamo. Quer dizer pun***eiro).

Apesar de gente boa, o cara não é perfeito, né? Se fosse, provavelmente estaria lá no Olimpo, que é perto da terra dele.

Malaka, digo, Nicolaz é barulhento. Vez ou outra nos assusta com seus cantos operísticos, baseados em fados portugueses. Um horror! Confira no vídeo.

Monday, April 07, 2008

O jornalismo e a friaca inesperada na Europa


Hoje é dia do jornalista. Parabéns aos jornalistas desse mundão. Parabéns pra mim, que sou mais jornalista do que muitos jornalistas por aí. Tenho um diploma, diploma traduzido pro inglês, minha carteira nacional de jornalista e, também, minha carteira internacional. É papel que não acaba mais só pra convencer o mundo de que eu sou jornalista.

Mas, na verdade, o que é ser jornalista? Se você der uma espiada lá na Wikipédia, vai ver que, primariamente, é a observação e descrição dos eventos.

Então, se jornalista é aquela pessoa que observa e descreve os fatos, todos nós somos jornalistas, certo?

Errado. No Brasil, só quem tem papel assinado é que pode ser jornalista. Por falta de um, eu tenho quatro. Eu posso!

O sindicato dos jornalistas, do qual faço parte, faz uma campanha danada pra que as coisas continuem assim.

Por um lado, acho uma luta nobre. Afinal, nós, jornalistas profissionais, investimos tempo e dinheiro em nossa formação. Justo que tenhamos certos privilégios profissionais.

Por outro lado, jornalismo não é uma profissão técnica, como engenheiro, arquiteto ou analista de sistemas. O jornalismo está ligado mais à alma do ser humano. Não é profissão exata tampouco biológica. É humana. E, de certa forma, toda a área de humanas está mais relacionada ao talento pessoal do que nas outras.

Veja só o músico, o publicitário, os artistas etc. Muitos deles passam anos na universidade para ficarem prontos para exercer a profissão. Mas esse não é um caminho obrigatório. Claro que cada uma dessas profissões contam com suas entidades de classe para defender seus interesses. Isso não quer dizer que sejam necessários quatro anos de estudos para que possam ser considerados profissionais.

Tempo, no que diz respeito à formação profissional para carreiras humanas, não é o mais importante. Até porque, leva-se uma vida inteira para aprender algumas coisas, e outra para melhorar. Então, o negócio é fazer da melhor forma que é possível no momento do agora. O negócio é ser competente.

Frear a possibilidade de qualquer cidadão exercer o jornalismo é frear um dos princípios básicos do jornalismo, que é a liberdade de expressão.

Defender o contrário é fria. Uma fria tão gelada quanto a nevasca que caiu aqui em Londres ontem.

* Na foto, toda a literalidade da expressão "nevou no telhado", que algumas pessoas insistem em dizer sobre os meu cabelos brancos.