Agora está tudo explicado

Ontem noticiei que os PUBs aqui da Inglaterra estão faturando menos por conta dos clientes beberem menos.

Ainda não se sabe o motivo desse efeito. Pode ser a crise, o preço da cerveja (a pint custa 3 libras em média, enquanto uma latona no mercado custa menos de uma libra) ou, como saiu hoje nos jornais, o aumento no consumo de drogas.

Uma pesquisa mostra que a moçada está cada vez mais cheirando cocaína por esses lados. O consumo dessa droga subiu 35% somente no ano passado. O consumo de maconha caiu. Mas o de haxixe também subiu, assim como o de skank.

Com tantas outras coisas para se divertir, beber para que?

Inglês bebendo menos? O mundo está de pernas para o ar mesmo...

Conta a lenda que, certa vez, um brasileiro chamado Janos Joe Hovac, nos tempos em que viveu em Londres, desafiou um inglês para um duelo de bebidas. Ganharia aquele que bebesse mais, óbvio.

Vai uma daqui, outra dali... Mais uma. Mais duas. Mais umas tantas. Empatados, chegaram à marca de 12 pints (a medida da cerveja vendida nos pubs, que é algo em torno dos 500ml).

O inglês pararia ali mesmo para vomitar. Joe, o gordinho cabeçudo (mas muito gente-fina), tomaria a 13ª, só para humilhar o freguês.

Muita gente acredita nessa história e vê Joe como um ídolo: "o homem que bebeu mais do que um porco... Oops! Quero dizer, inglês". Não sei até onde beber tanto assim pode ser digno de glória (sem ofensas), mas beber mais do que inglês não é para qualquer um.

Pelo menos não era. Talvez depois dessa proeza do nosso amigo Joe, os ingleses perceberam que há mais gente cascuda nesse mundo e decidiram pegar mais leve. Ou é apenas um reflexo da volta de Joe ao Brasil.

Vi na BBC que, de acordo com a Associação de Cervejarias e PUBs, cinco PUBs fecharam suas portas durante todos os dias do primeiro semestre deste ano. Além disso, em julho, a venda de pints alcançou o nível mais baixo da história, desde a grande depressão de 1930.

Desse jeito, até eu, que não sou um hard drinker (beberrão), dou uma surra nesses ingleses de meia-tigela.

* Na foto, eu em algum PUB completamente breaco depois de apenas quatro pints.

Estou quase tão rico quanto a rainha

Talvez a afirmação acima não seja o mais puro retrato da realidade. Acho que dizer “talvez” também não seja a forma mais adequada de desmentir o título. A verdade é que meu bolso sofre com furos horrorosos. E como sofre. É claro que a rainha Elizabeth, uma das pessoas mais ricas do mundo, continua defecando dinheiro toda vez que vai ao toalete. Do outro lado, eu tenho que comer mer** para fazer algum (tudo no sentido figurado, claro).

Mas isso não desfaz o fato de que parte do dinheiro dessa senhora mui repeitosa sucumbiu diante da atual e severa crise financeira. Estima-se que ela perdeu cerca de 37 milhões de libras, algo em torno de 136 milhões de reais. A notícia boa é que ela ainda tem uns trocados sobrando: uns 280 milhões de libras (mais de 1 bilhão de reais).

De qualquer forma, a diferença entre as nossas fortunas está 37 milhões de libras menor. A notícia ruim (para mim, claro) é que eu ainda tenho que juntar 280 milhões de libras para ficarmos equiparados.

* Na foto, a rainha abre o guarda-chuva para se proteger das tempestades financeiras.

Minha coluna no Mercado Ético

Acabo de publicar meu primeiro artigo no site WWW.MERCADOETICO.COM.BR, a melhor iniciativa na internet brasileira dos últimos tempos.

Enche-me de orgulho ter a oportunidade de colaborar com esse veículo de comunicação, que está intimamente ligado às minhas crenças.

A principal delas é a de que "não podemos mudar o mundo" (parece mais uma descrença, né?), mas, sim, podemos melhorá-lo a cada momento (no fim das contas, quem sabe, teremos a impressão de mudança).

E por isso acredito no MERCADO ÉTICO, que oferece uma grande variedade de idéias para que isso seja possível.

Então, quando tiverem um tempo, visitem o site, assistam aos vídeos e, claro, leiam o "Deixem o sistema morrer (e criem um melhor)".

Aí vai o link direto para a minha página: http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/deixem-o-sistema-morrer-e-criem-um-melhor/.

Os EUA são uma piada. Por isso McCain deveria ganhar

O que tem a ver as eleições norte-americanas com um blog sobre Londres? Tirando que os Estados Unidos foram colônia inglesa, que tanto um quanto o outro andam de mãos dadas na hora de fazer guerra e que uma crise lá chacoalha bastante as coisas por aqui, talvez não tenha nada a ver mesmo.

Pelo sim pelo não, quero falar sobre isso agora.

Todo brasileiro que se preze vê os EUA com certo respeito mas, ao mesmo tempo, com um ar de deboche. Afinal de contas, não dá para levar a sério o país do Super Size Me. O Bush consegue ser mais ridículo do que a dona Marta (não a minha mãe querida, mas, sim, a candidata à prefeitura de São Paulo) e seus ataques ao, agora popular, Kassab. Mas ele, o Bush, já é rei posto. E como dizem por aí, “rei posto, rei morto”.

Outra coisa engraçada, além do atual presidente, são os dois homens que querem ser presidentes: John McCain e Barack Obama (como se você não soubesse).

Ontem, 16/10, os dois se encontraram em Nova York, onde participaram de um jantar beneficente. Até aí, tudo bem. O engraçado mesmo foi o clima surpreendente de amizade entre os dois. Engraçado, porque um dia antes, um cuspia sangue na cara do outro durante o último debate televisivo antes das eleições, que será no dia 4 de novembro (dia do meu aniversário, que marca a estréia do meu novo site: WWW.ANDRADECAMARGO.COM).

Se eu fosse americano, lá pro lado do norte, meu voto estaria decidido ali mesmo,logo depois da festa. É verdade que o desempenho de Obama no debate da TV foi bem superior ao do seu adversário. Mas mesmo assim, escolheria McCain para presidente. As piadas do vovô são muito mais engraçadas. E um palhaço é tudo o que o maior circo do mundo, os EUA, precisa.

Confira as piadas dos presidenciáveis no site da VEJA.

Estômago leva mais um (dessa vez, aqui em Londres):-)

O ótimo filme brasileiro Estômago, do diretor Marcos Jorge, acaba de faturar mais um prêmio. Foi eleito pelo juri do 16° Raindance Festival, realizado aqui em Londres, como o melhor filme internacional.

De acordo com o site do filme, este é o 12° prêmio conquista por Estômago, sendo o sétimo internacional.

Merecido.

O cinema brasileiro dá as caras em Londres

Dois festivais aqui em Londres destacam filmes brasileiros. Um é o "Cinema of Brazil”, exclusivamente dedicado às produções verde-amarelas, e o outro é o “Raindance Festival”, um festival pequenininho, mas com bons indies de todo o mundo (e uns bem ruinzinhos também).

Ainda não fui ver o “Cinema Brazil”, então não dá para falar nada além de que vai rolar até o fim da semana que vem lá no Barbican, onde o Caetano Veloso fez sua última apresentação nesta cidade (no começo do ano, se não me falha a memória).

Já o Raindance virou meu chodó. Ano passado estive lá. Também teve filme brasileiro. Na ocasião, vi o horrível “O baixo das bestas”. Se não fosse a menina pelada, juro que nem ia notar nada naquela desistória. Mas isso foi no ano passado. Deixa pra lá.

Este ano, o festival exibiu um dos filmes brasileiros mais divertidos que eu já vi: “Estômago”. Como diz o diretor Marcos Jorge, esse é um conto sobre baixa-gastronomia (no melhor sentido da palavra, claro). Conta a história de um presidiário, que fez seu caminho ao topo do beliche do chadrês com sua culinária longe de ser requintada, mas, mesmo assim, deliciosa (não para mim, que sou vegetariano).

“Estômago” já ganhou prêmio no Rio, Cidade del Este, Rotterdã e, agora, é um dos favoritos ao Raindance que é um tipo de Campeonato Paulista: se ganhar, ótimo, mas se não ganhar, não vai fazer muita diferença.

Diferença faz para quem assiste. É diversão garantida ou seu dinheiro de volta. Eu paaaago.